Adriane Lopes vai auditar a Sesau? Então pode começar demitindo Sandro Benites

A prefeita Adriane Lopes anunciou que fará uma auditoria na Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) para identificar os “entraves” nos gastos da pasta. Traduzindo: mais um discurso vazio para desviar a atenção do caos que sua própria gestão ajudou a criar. Mas se a intenção for realmente levar a sério essa investigação, um dos primeiros cortes a serem feitos seria o do atual diretor-presidente da Fundação Municipal de Esporte (Funesp), Sandro Benites. Afinal, seu pupilo deixou um rombo que, certamente, ajudou a colocar a saúde municipal no maior caos da história.

Enquanto Adriane promete transparência, fornecedores da Sesau relatam que estão sem receber desde outubro do ano passado. Mas quem precisa de hospitais abastecidos quando se pode fazer marketing político? Isso significa que empresas que fornecem insumos básicos para a saúde pública estão há meses no prejuízo, aguardando uma solução que nunca chega. Mas, claro, a prioridade da prefeita é anunciar auditorias, e não resolver o problema imediato.

E o problema não para por aí. Adriane também havia prometido um aporte de R$ 10 milhões para a compra de medicamentos, mas, na prática, teria liberado apenas R$ 500 mil. Ou seja, mais um teatro onde a cortina já caiu faz tempo e os espectadores (a população) continuam sendo enganados. O resultado? Farmácias municipais vazias e pacientes sem remédios essenciais. Mas, segundo a gestão, está tudo dentro do esperado. Afinal, promessas sempre foram mais fáceis do que ações.

A prefeita ainda tentou justificar os números, dizendo que a cidade gasta R$ 33 milhões ao ano com medicamentos para atender uma população que seria 500 mil pessoas maior do que o número oficial de habitantes de Campo Grande. A fala tenta desviar o foco da questão principal: a falta de gestão eficiente. Se há descontrole nos gastos, isso não deveria ser motivo para cortar investimentos na saúde, mas sim para apertar o cerco contra os responsáveis pelo caos.

Comparar os gastos com medicamentos aos R$ 42 milhões em fraldas e dietas especiais, como fez Adriane, também não muda a realidade: mães atípicas reclamam há meses da falta desses insumos, e o fornecimento continua precário. Ou seja, dinheiro tem, mas a aplicação é ineficiente.

O discurso da prefeita no evento “Saúde Acolhe”, onde fez essas promessas, foi recheado de frases de efeito dignas de um roteiro de ficção política, mas sem nada de concreto para resolver o caos real da saúde pública. Enquanto isso, pacientes seguem aguardando atendimento, postos estão superlotação e servidores da saúde tentam fazer milagres com recursos escassos.

Se Adriane realmente quer auditar a Sesau, que comece pelos nomes que estiveram à frente da pasta nos últimos anos e, principalmente, por aqueles que ajudaram a transformar o sistema de saúde do município no verdadeiro colapso que vivemos hoje.

Demitir Sandro Benites e cobrar explicações pelo rombo deixado por sua gestão na Sesau seria um primeiro passo concreto. Mas claro, Adriane dificilmente vai

mexer em aliados próximos. Mais fácil é continuar com promessas vazias e esperar que a memória do eleitorado se apague. Mas será que a prefeita está disposta a seguir esse caminho ou a auditoria será apenas mais um espetáculo político para distrair a população? A resposta? Acho que todos já sabem!.

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