Os delegados presentes na 5ª. Conferência Nacional de Meio Ambiente – Etapa Campo Grande aprovaram na tarde do dia 12/12/2024 Moção de Repúdio ao Ato da Prefeita Municipal Adriane Lopes, de extinguir a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. “Não adianta construirmos propostas para a conservação ambiental da nossa cidade, se a gestão anda na contramão da conservação ambiental”, declarou o advogado Lairson Palermo, que teve a iniciativa de elaborar a moção. O Regimento Interno não previa a apresentação de moções, mas, diante da gravidade da extinção do órgão ambiental de Campo Grande, onze delegados presentes na Conferência subscreveram a moção, a qual, apresentada ao plenário, foi acolhida por 23 votos favoráveis e 11 votos contrários. “Esperamos que a aprovação da moção possa sensibilizar a prefeita Adriane Lopes, revendo esse ato que muito prejudicará a fiscalização dos danos ambientais na cidade”, declarouLairson.
A Conferência aprovou, ainda, propostas importantes para mitigar os efeitos da emergência climática, como é o caso da tributação dos grandes poluidores. “A parcela de apenas 1% dos habitantes do Planeta foi responsável pela emissão de gases efeito estufa na mesma proporção que 66% da população mais pobre, segundo dados da OXFAM”, informou a Professora Doutora Giselle Marques, que representou o Programa de Mestrado e Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da Uniderp Anhanguera na Conferência; “por isso propusemos a tributação desses 1% mais ricos a fim de fortalecer os fundos de conservação ambiental”, completou ela.
Consta do site da Prefeitura (https://www.campogrande.ms.gov.br/cgnoticias/noticia/campo-grande-realiza-conferencia-municipal-sobre-emergencia-climatica/) que “as conferências fortalecem a governança ambiental local, promovendo a construção de políticas públicas mais integradas, ao reunir governo, sociedade civil e setor privado em um esforço colaborativo. Além disso, os municípios que participam têm a oportunidade de influenciar políticas ambientais em níveis estadual e nacional, ampliando o alcance das ideias e soluções propostas localmente para um impacto em escala maior”.Foram discutidos o seguintes eixos temáticos: mitigação; adaptação e preparação para desastres; justiça climática; transformação ecológica; e governança e educação ambiental.