Promessas vazias, creches lotadas e mães impedidas de voltar ao trabalho

A falta de vagas em creches públicas de Campo Grande continua sendo um problema crônico, que prejudica diretamente milhares de famílias, principalmente as mais carentes, e expõe a ineficiência da gestão da prefeita Adriane Lopes. Com mais de 8.470 crianças na lista de espera, o caos na educação infantil reflete a ausência de planejamento e a falta de prioridade de uma administração que insiste em ignorar os direitos fundamentais das mães trabalhadoras e das crianças.

A recente decisão judicial, que prevê multas de R$ 10 mil por criança sem vaga, é um reflexo da incapacidade da gestão municipal em resolver o problema por iniciativa própria. Embora os valores sejam destinados à ampliação de vagas nas Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis), é inadmissível que a Prefeitura precise ser pressionada pela Justiça para cumprir sua obrigação básica.

A inércia da prefeita Adriane Lopes agrava ainda mais a situação de mães que, sem acesso às creches, enfrentam dificuldades para retornar ao mercado de trabalho e garantir sustento para suas famílias. Muitas dessas mulheres dependem exclusivamente de políticas públicas que lhes proporcionem condições mínimas de equilíbrio entre trabalho e cuidado com os filhos.

O impacto desse descaso não se limita às famílias. A falta de vagas compromete o desenvolvimento das crianças, privando-as de acesso à educação de qualidade nos primeiros anos de vida, um direito constitucional que deveria ser garantido de forma prioritária. Para as famílias em situação de vulnerabilidade, a ausência de soluções por parte do município aprofunda desigualdades e perpetua ciclos de pobreza.

A Defensoria Pública, desde 2014, vem lutando judicialmente para garantir o direito dessas crianças e de suas famílias. Apesar do empenho dos defensores públicos, a morosidade da Prefeitura em atender às demandas da ação civil pública revela a falta de compromisso com os mais vulneráveis. Não é aceitável que, em 2024, a cidade ainda registre quase 3 mil atendimentos relacionados à falta de vagas em creches.

Adriane Lopes já teve tempo e oportunidades suficientes para enfrentar essa crise com seriedade. No entanto, sua gestão parece mais preocupada em discursos vazios e promessas que nunca se concretizam. A lista de espera nas Emeis cresce, enquanto a prefeita segue sem apresentar um plano concreto e eficiente para resolver a questão.

Os mutirões realizados ao longo do ano, embora necessários, não são suficientes para suprir a demanda crescente. A judicialização da questão e a aplicação de multas apenas evidenciam que a Prefeitura não está à altura do desafio. Adriane Lopes continua demonstrando incompetência em liderar uma gestão que atenda às necessidades reais da população.

O direito à educação infantil é essencial não apenas para as crianças, mas para o desenvolvimento social e econômico da cidade. Ao falhar em garantir vagas em creches, a prefeita compromete o futuro de milhares de famílias, reforçando desigualdades e prejudicando o progresso de Campo Grande.

A responsabilidade de resolver esse problema é da administração municipal, e não da Defensoria ou da Justiça. Adriane Lopes precisa assumir seu papel e agir com urgência, antes que a crise na educação infantil se torne ainda mais insustentável. As famílias de Campo Grande não podem mais esperar por soluções que deveriam ter vindo há muito tempo.

Campo Grande merece uma gestão que coloque a educação e as pessoas em primeiro lugar. Infelizmente, a administração de Adriane Lopes segue falhando em cumprir esse compromisso básico. Enquanto a prefeita não tomar as rédeas do problema, as crianças da cidade e suas famílias continuarão pagando o preço da incompetência pública.

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