O calote milionário que expõe a má gestão de Adriane Lopes

Enquanto cobra rigor dos contribuintes para quitar dívidas de IPTU e ISS, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, acumula uma dívida moral e financeira de R$ 45 milhões com quase 200 pessoas e empresas que aguardam o pagamento de precatórios. Esse comportamento contraditório escancara a falta de compromisso da administração municipal com a justiça e a legalidade, deixando credores em situação de vulnerabilidade.

Os precatórios, que deveriam ter sido pagos até 31 de dezembro do ano passado, incluem valores que variam de R$ 2,4 mil a R$ 7,58 milhões, sendo boa parte de natureza alimentar. Ainda assim, a prefeitura ignora as necessidades básicas de muitas dessas pessoas, perpetuando um calote que não encontra justificativa em uma gestão que deveria priorizar a responsabilidade fiscal e social.

Enquanto o Governo Federal e o Governo do Estado cumpriram suas obrigações dentro do prazo legal, a Prefeitura de Campo Grande segue descumprindo decisões judiciais. Esse atraso não apenas prejudica os credores, mas também compromete ainda mais os cofres públicos, uma vez que os valores em atraso acumulam multas e juros, elevando a dívida em pelo menos R$ 675 mil por mês.

A postura da prefeitura é ainda mais alarmante quando comparada à pressão exercida sobre os contribuintes. Recentemente, listas de devedores foram publicadas no Diário Oficial, com prazos e ameaças de ações judiciais contra cidadãos e empresas. É no mínimo irônico que a gestão exija pontualidade dos outros enquanto negligencia suas próprias obrigações financeiras.

O impacto do calote é devastador para os credores. Muitos deles, que esperavam pelo pagamento com base em um histórico de prazos cumpridos em anos anteriores, agora enfrentam incertezas financeiras. A situação é ainda mais grave considerando que o pagamento desses precatórios está vinculado a ordens judiciais definitivas, que a administração municipal trata com descaso.

Além de desrespeitar os credores, a atitude da gestão Adriane Lopes compromete a confiança da população na administração pública. Esse descumprimento de ordens judiciais demonstra não apenas falta de planejamento, mas também insensibilidade com aqueles que dependem desses valores para sobreviver ou manter seus negócios.

A justificativa de que a prefeitura poderia se beneficiar com a possibilidade de parcelar essas dívidas em “suaves prestações” é mais um reflexo da má gestão. Enquanto isso, os credores aguardam meses ou anos para receberem valores que são devidos por direito, mas que seguem presos em um sistema burocrático e ineficiente.

Mesmo que a prefeitura decida iniciar os pagamentos utilizando os recursos do IPTU, os credores ainda terão de esperar por recalculamentos dos valores com juros e multas, aumentando ainda mais a angústia e o desgaste. O descaso administrativo transforma direitos garantidos em um calvário interminável para aqueles que já esperam desde 2022.

É inaceitável que a prefeita Adriane Lopes continue priorizando formalidades e cobranças enquanto negligencia suas obrigações. Essa postura não apenas prejudica a imagem da gestão municipal, mas também gera impactos financeiros e sociais que reverberam em toda a cidade. Campo Grande precisa de uma administração que respeite a justiça, os cidadãos e os compromissos assumidos.

A população espera mais do que promessas e publicações em Diário Oficial. É urgente que a prefeitura de Campo Grande reveja suas prioridades, cumpra suas obrigações legais e adote uma postura mais transparente e responsável. Até lá, a gestão Adriane Lopes continuará sendo lembrada como aquela que deu as costas para seus credores e para a justiça.

Compartilhe
Notícias Relacionadas
© 2024 O Consumidor News
Desenvolvido por André Garcia - www.conffi.com.br