A gestão de Adriane Lopes (PP) segue dando sinais preocupantes de irresponsabilidade financeira, especialmente no que diz respeito à folha de pagamento da Prefeitura de Campo Grande. Com uma série de decretos que aumentam gratificações para servidores comissionados e cargos de confiança, a prefeita ignora a necessidade de conter gastos públicos, estabelecida até mesmo em um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) firmado com o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS) em 2023.
Entre os absurdos, destaca-se o aumento da gratificação de representação, que agora pode chegar a 200% do salário base dos comissionados, triplicando os rendimentos mensais. Até então, o limite era de 100%. Além disso, outras verbas, como as gratificações por função de confiança e os jetons pagos por participação em reuniões, também receberam generosos reajustes, comprometendo ainda mais a saúde financeira do município.
Esse descontrole é ainda mais chocante quando lembramos que a mesma prefeita aumento em 96% o próprio salário. Adriane passou de R$ 21.263,62 para R$ 41.845,62 por mês, um reajuste que contrasta com a realidade de boa parte da população de Campo Grande, que enfrenta desafios diários para equilibrar as contas.
A prefeita, que deveria zelar pelo equilíbrio das contas públicas, parece seguir na direção oposta. A assinatura do TAG com o TCE-MS foi um compromisso para reduzir os gastos com a folha de pagamento, mas os novos decretos fazem exatamente o contrário. Ao invés de buscar uma gestão responsável, Adriane Lopes aumenta despesas em um cenário já comprometido.
A justificativa de que as gratificações são destinadas a reconhecer responsabilidades e funções estratégicas soa vazia quando analisamos o impacto financeiro dessas medidas. O custo adicional será sentido pelos cofres públicos, sem que haja clareza sobre o retorno prático para a população.
Além disso, é importante lembrar que essa política de aumentos ocorre em um momento de desconfiança crescente sobre a gestão de Adriane Lopes. Os servidores comissionados, frequentemente indicados por critérios políticos, são beneficiados em detrimento de uma administração mais eficiente e voltada para o bem-estar coletivo.
O decreto que fixa gratificações por função de confiança, que agora podem alcançar 300% do salário base, é outro exemplo da falta de compromisso com a austeridade. Enquanto isso, a promessa de reduzir gastos permanece apenas no papel, e os contribuintes são forçados a arcar com uma gestão desordenada.
A polêmica gerada por essas medidas não é novidade. Desde que o projeto passou pela Câmara Municipal no ano passado, o aumento de gastos foi alvo de críticas. No entanto, a prefeita e sua base de apoio ignoraram os alertas e aprovaram um pacote que vai na contramão das metas de controle financeiro estabelecidas pelo próprio município.
A conduta de Adriane Lopes reflete uma gestão que prioriza interesses próprios e políticos em vez de buscar soluções sustentáveis para os desafios de Campo Grande. Com medidas que aumentam despesas e beneficiam poucos, a prefeita demonstra uma completa falta de compromisso com a responsabilidade fiscal.
Campo Grande merece uma administração que trate as finanças públicas com o devido respeito e que coloque as necessidades da população em primeiro lugar. Infelizmente, Adriane Lopes parece mais preocupada em beneficiar aliados políticos e em aumentar seus próprios privilégios, deixando a cidade à mercê de uma gestão sem rumo.