A prefeita das desculpas: Campo Grande no caos e Adriane Lopes na vitimização

Se existe algo que Adriane Lopes faz com maestria, é arrumar desculpas para a própria incompetência. A prefeita de Campo Grande conseguiu um feito impressionante: deixar a cidade sem medicamentos porque ninguém mais confia na sua palavra. Fornecedores se recusam a vender para a prefeitura devido a um longo histórico de calotes e descumprimentos contratuais. E, claro, a solução encontrada pela prefeita não foi resolver o problema, mas terceirizar a culpa para os próprios fornecedores.

A prefeitura não consegue nem mesmo cumprir a etapa mais básica de uma licitação: conseguir preços de cotação. Isso porque o mercado já fechou as portas para a administração municipal, temendo novos calotes. As licitações acabam desertas, os processos de compra emperram, e quem sofre é a população, que não encontra sequer remédios essenciais nas unidades de saúde.

E qual a explicação da prefeita para esse caos? Sempre a mesma: a culpa nunca é dela. Dessa vez, o discurso oficial aponta o dedo para os fornecedores, como se fossem eles os vilões da história. Acontece que os empresários apenas aprenderam a lição: vender para quem não paga é prejuízo certo. E Campo Grande, sob a gestão de Adriane Lopes, se tornou sinônimo de inadimplência.

Se a prefeita realmente tivesse interesse em resolver o problema, chamaria os fornecedores para renegociar as dívidas, propor soluções e recuperar a credibilidade da prefeitura no mercado. Mas, em vez disso, ela prefere se vitimizar e transferir responsabilidades, enquanto os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) seguem sem medicamentos e sem respostas.

O descaso é tamanho que até mesmo servidores da própria Secretaria Municipal de Saúde admitem que a crise foi gerada pelo descontrole da administração. Conversas internas na Secomp já revelavam, no ano passado, que a prefeitura estava inadimplente a ponto de não conseguir mais fechar contratos. Mas, claro, nada disso é dito oficialmente.

O que a gestão Adriane Lopes não consegue esconder é o sentimento de revolta da população. Enquanto faltam remédios nos postos, a prefeita continua a gastar fortunas em pagamentos absurdos para seus aliados mais fiéis, como no caso dos bônus milionários pagos à secretária de Finanças, Márcia Helena Hokama. Para os amigos, tudo. Para o povo, nada.

O que impressiona é a cara de pau com que a prefeita encara o problema. Mesmo diante da falência operacional da prefeitura, ela insiste em discursos vazios, fingindo que está no controle da situação. É uma estratégia simples: primeiro, nega a crise; depois, quando não tem mais como esconder, culpa terceiros; por fim, lança uma promessa genérica de solução. E assim segue Campo Grande, atolada na incompetência.

A cidade vive um colapso administrativo que poderia ser evitado com o mínimo de planejamento e transparência. Mas em vez disso, Adriane Lopes escolheu o caminho da enganação, do improviso e da blindagem dos seus apadrinhados.

A população de Campo Grande já entendeu o jogo. A pergunta que fica é: até quando essa gestão seguirá apostando na desinformação e nas desculpas esfarrapadas? Porque, até agora, a única coisa eficiente nesta prefeitura é o manual de como fugir da responsabilidade.

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